sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Arrependimentos (31/10/2011)

Será que erramos de propósito? Ou o nosso lado irracional afinal funciona mais do que aquilo que devias? Realmente nunca sabemos se estamos a agir de maneira irracional ou racional… Mas, independentemente disso, agimos.
Arrependimento é algo que sentem os cobardes, os meros mortais que caminham esta terra sem rumo e sem um objectivo definido… Mas os puros de coração, aqueles que não têm medo de se expressar e que vivem cada minuto como se fosse o ultimo e que lutam pelos seus sonhos, nunca se arrependem (ou pelo menos não deviam!)! Porque se analisarmos a situação… Na altura, aquela escolha não nos pareceu a mais acertada? Então continuaria a sê-lo independentemente das vezes que voltássemos atrás no tempo e a tentássemos mudar.
Infelizmente, poucos são aqueles que conseguem olhar para trás e dizer “Eu não me arrependo… Se aquela foi a minha escolha, tive razões para isso.” E cada vez admiro mais as pessoas que ainda têm esse dom, essa faísca mágica que as torna pessoas melhores. Sabem a sensação de conhecerem um estranho e no entanto sentirem-se à vontade para lhe contar a vossa vida toda ou mesmo desabafar? Faz parte… Aqueles que não se arrependem são aqueles que facilmente se ligam com as pessoas porque têm um coração e uma mente abertos e como tal sentem-se bem a partilharem as suas vidas com aqueles que são iguais a eles por dentro. Se mantivermos a nossa mente limpa, o nosso espírito tranquilo acerca das nossas decisões, vamo-nos sentir muito melhor. Não adianta enchermos o peito de ar e olhar sempre em frente se nos continuamos a arrepender do passado. Se o que nos define são as nossas acções e o futuro ainda não chegou e o presente está a acontecer, então o passado define-nos… Logo, arrependermo-nos do passado, é termos vergonha de nós próprios. Como tal, devemos olhar em frente mas de tempos a tempos, olhar para trás e ver o passado… Sentir que fizemos algo e que isso nos definiu enquanto pessoa.

Vamos manter as nossas memórias vivas, as recordações quentes e os objectos que nos transportam no tempo próximos… Afinal, se a vida é uma viagem, o que seria dessa viagem sem os típicos souvenirs?

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