domingo, 21 de outubro de 2012

Será "Catarina"?


(...) E, quando começámos a trocar olhares no meio da pista, algo aconteceu cá dentro... Sentia um certo medo quando nos olhávamos directamente. Foi algo que não sei explicar...

Não houve segundas intenções, apenas divertimento! Cada um a viver a sua noite e os nossos corpos apenas se cruzavam por breves milésimos de segundo, e nem se tocavam. Trocávamos de olhares e, no segundo a seguir, sorriamos inocentemente, quase que como se pensássemos "ai, ela reparou que eu estava a olhar!" mas continuávamos... Não foi um 'engate' da noite nem coisa que o pareça. Era mesmo diversão, não havia maldade... E quando te sentaste, olhei para trás algumas vezes para ver se também estavas a olhar... E estavas. E depois a tua amiga veio chamar-te e eu percebi que ias desaparecer no meio da multidão... Não tenho a certeza, mas conseguia jurar que ouvi chamar "Catarina"... Nâo tenho a certeza se é esse o teu nome, mas também, nem tu sabes o meu. Nem sequer trocámos números de telemovel... Só trocámos breves "Olá" na pista, e chegou... Se te voltar a encontrar, acredita que te vou falar e não te vou deixar escapar... Por encontrares duas vezes seguidas uma desconhecida no mesmo sitio, numa noite semelhante, pode significar algo, e estou cansado de negar "coincidencias". (...)

terça-feira, 25 de setembro de 2012

A Chuva


A chuva… sinceramente tinha saudades de a ouvir bater na janela e de sentir o seu cheiro quando vou na rua! Sim, eu gosto da chuva.
Enquanto uns não gostam, outros adoram… E eu adoro! Só de pensar as inúmeras coisas que podemos fazer quando está a chover… O que seriam das tardes de inverno aninhados no sofá a ver um filme, a comer pipocas enquanto a chuva cai lá fora? O que seria das loucuras dos amantes se não tivessem a chuva como pano de fundo? Então e os beijos molhados à chuva, sem medo das constipações ou da roupa molhada? O Verão pode ser muitas coisas, mas o Inverno consegue ser mais! Se nunca estiveram numa praia quando está a chover e o vento sopra forte, então nunca aproveitaram a natureza como deviam… Quando o fizerem, sintam o cheiro do mar salgado e da areia molhada… Tirem os sapatos e caminhem na areia fresca e molhada e deixem-se levar por aquela sensação relaxante. Os sons, os cheiros… Acho que quando chove tudo se torna mais envolvente, mais forte! Ouvir a chuva bater na janela é tão bonito como ouvir a guitarra dar notas altas no meio de um solo… Ouvir o vento assoprar consegue ser tão relaxante como a melodia da nossa balada favorita… Quer seria de nós, artistas e apaixonados, sem a inspiração da chuva? Quantos poetas, músicos, escritores não se sentaram com um papel à sua frente a escrever enquanto a chuva caía? Eu pessoalmente adoro este tempo.
E o sol? Ah sim, o refrescante sol que aparece após uma chuvada forte e nos delicia os olhos com um bonito arco-íris! Dizem que se chegarmos ao fim do arco-íris encontramos um pote de ouro… Mas a verdade é que não precisamos de chegar ao fim do arco-íris… O nosso “ouro” pode estar mesmo ao nosso lado.
Para mim o melhor do ano não será o Verão… Claro que tem boas coisas, mas o Inverno é algo extraordinário… A chuva que cai no Inverno é diferente da do Verão. Parece-me mais aconchegante… Convida-nos a ir lá para fora saltar nas poças de água, a deixarmos a timidez de lado e dizermos o que realmente sentimos…
E à noite… Oh, como eu adoro dormir ao som do vento e da chuva! É como música para os meus ouvidos!

A chuva cai lá fora e nós, cá de dentro, olhamos e acenamos sem sequer sabermos… Porque ela agradece que nós nos lembremos dela sempre que estivermos aninhados no sofá, ou a passear lá fora, ou abraçados à nossa cara metade vivendo a vida como ela deve ser vivida.

A água é vida e a chuva existe para nos lembrar que estamos vivos.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

De repente, já nos 20

A ausência, apesar de chata, faz bem.
Posso dizer que… Foi possivelmente o verão que mais vou recordar. As pessoas certas, os sítios certos, os momentos certos… e as pessoas erradas, os sítios errados e os momentos errados. Mas afinal, nada é perfeito certo? E o mundo precisa de equilíbrio.
Quando chegamos à meta dos 20, além de dizermos “Estou a ficar velho…”, apercebemo-nos que o tempo parece passar mais rapidamente, os momentos são curtos, e pessoas vão saindo da nossa vida… Mas também é nesta idade que nos definimos e percebemos quem são as pessoas que queremos guardar nos anos que virão.
Pois é… O grande dilema dos 20 e do “Tens o mundo à tua frente. A partir de agora, caminhas pelo teu próprio pé.” deixa-nos algo assustados e com receio do que possa vir. Aqueles que são ousados não têm medo e seguem em frente… Mas depois há aqueles que, talvez por falta de preparação, ainda andam de bicicleta com rodinhas. Minha gente, deixem-se disso. Vocês são homens e mulheres adultos, a geração do futuro e que irá (esperemos nós) salvar o mundo da destruição que as gerações começaram. Mas, para lerem sobre consciência ambiental e essas coisas todas, ouvem os vossos papás e mamãs, ou vêem as noticias. Enfim…

Como é que lidamos com o facto de a vida nos estar a escapar? Quer dizer, parece que ainda ontem tínhamos 16 anos e nada nos preocupava a não ser a nossa insignificante e minúscula existência! Mas ninguém vive para sempre… E puff, de repente já nos 20! Chega a uma altura em que, todos nós que nascemos antes de 1993, metemos a mão na cabeça e pensamos nisto. E é a partir daí meus caros, que damos valor às pequenas coisas.
Prestamos atenção ao mundo que nos rodeia, às pessoas com quem nos relacionamos e à nossa vida futura… Casar, ter filhos, ter um emprego e conseguir sobreviver no mundo passam a ser algumas das imensas prioridades que cada um decide dar à sua vida. E no final… Onde ficamos nós? Onde fica aquele momento no espaço e no tempo só nosso? Pois, não fica…
Mas, para aqueles que ainda o preservam, nada é mais saboroso, e cada um decide preenche-lo com o que quiser.

Eu? Ora, é com o que calha… Mas acredito que os meus amigos e família são a prioridade máxima. Seguida pela minha música e só no fim, eu mesmo.

Talvez seja cedo… Mas este verão/ano acredito que encontrei as pessoas que me vão acompanhar até ao fim. Fiéis até ao Apocalipse!
Como é que posso ter a certeza? Bem, acho que passámos todas as provas de fogo com distinção. Conseguimos suportar-nos uns aos outros dias inteiros, resolvemos os nossos conflitos como gente adulta e ninguém foi deixado para trás!

Valorizem aquelas pessoas que encontram depois dos 20… Algumas delas podem ser aquelas que vos vão acompanhar durante os longos anos que se avizinham.

E aqueles que ficaram, são os verdadeiros amigos… Aqueles que foram, não estavam destinados a ficar.

Não neguem nenhum momento… Nunca se sabe quando pode ser o ultimo.

E, se um dia se sentirem sozinhos, acreditem que ao vasculhar a vossa lista telefónica, vão encontrar alguém com quem vão ter imensa vontade de falar, porque outrora, aquela pessoa vos fez sorrir.


Estou de volta bloggers… E voltei para ficar.

Ciao

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Vou tentar mudar, por ela.


E hoje eu percebi… Afinal não era uma ilusão ou algo temporário. Consegui sentir o ódio, o rancor, o ciúme e a raiva, tudo ao mesmo tempo. Devo, quero e tento parar, ganhar distância, mas não consigo. Vou ter que fazer o que sempre faço, e fingir que tudo está bem mentindo e modificando a história para que ninguém repare na minha parte fraca. A única coisa que eu queria era ser frio e não ter coração para não ter que acartar com as consequências de ser um humano imperfeito. Mas desta vez vou tentar ser diferente, e vou honestamente esperar que tudo lhe corra bem. Não vou cobiçar ou lutar por algo que nunca foi meu e que nunca consegui sequer conquistar. Vou deixá-la ser feliz com quem ela quer. Acabou. Vou agir como se nada fosse junto dela, e quando estiver entre as minhas quatro paredes vou chorar a mágoa e gritar até ficar sem voz ou simplesmente perder o ar e desmaiar. Aguentar as lágrimas, os suspiros e os olhares de tristeza, vai ser a minha batalha. E espero, só espero, que isto não dure muito… É que esta dor, dói mesmo.

sábado, 21 de abril de 2012

A minha parede imaginária


O difícil não é o esquecer… Difícil é nos lembrarmos das coisas. Porque o que custa não é a dor de esquecer, é a dor de lembrar como era e não conseguir apagar isso do nosso pensamento! Por muito que sofra, por muito que bata com a cabeça na minha parede imaginária, eu nunca vou aprender, e aos poucos e poucos, lá vou abrindo um pequeno buraco na minha parede… E interrogo-me sobre o que haverá para lá desse muro. Mas pensando bem… Para quê continuar assim? Podia perfeitamente levar uma vida mais confortável, sem problemas… Mas onde quer que vá, encontro-os. Hoje acredito que o problema sempre foi meu. Talvez eu fosse muito dado e isso acaba por afastar as pessoas… Existem aquelas que ficara, mas “só como amigas”. Fuck that shit. Juro que estou farto dessa merda desse rótulo! E fico possesso ao ver as mulheres atrás de uma boa figura de ginásio com pouca inteligência que não as querem para mais nada sem ser para a queca ocasional (desculpem, mas tem mesmo que ser assim), e os outros, os realmente sãos de espirito e boas pessoas ficam a ver e a pensar “O que é que ele tem que eu não tenho?”. Honestamente, este mundo está das avessas…

Já me disseram para mudar, ser frio e controlar-me… Desculpa, mas já te disse que não consigo! É irritante mas não consigo. Mas lá vou eu, mais uma vez bater com a cabeça, sofrer mais um bocadinho. Talvez um dia desperte, só não espero que seja tarde demais. É triste mas… Citando uma pessoa “Os bonzinhos lixam-se sempre”. Será que se eu tratar mal uma rapariga e a ignorar ela vai correr atrás de mim? É deixar ver.

Até lá, fuck it all… I’M AWESOME!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

"Mas podemos continuar amigos!"


Então talvez seja verdade… Quer dizer, já perdi contas às vezes que isto me aconteceu, mas acabo sempre por voltar ao mesmo sítio. É o vazio, a sensação de nada. Quando penso que já aprendi a lição e estou a lidar com as situações da maneira que devia, aparece alguém e lá vai tudo por água abaixo. É como saber que o fogo queima, e ainda assim, ir lá meter as mãos… Ou saber que algo nos faz mal e ainda assim usar. São coisas complicadas que nem o melhor psicólogo à face da Terra consegue explicar. A única explicação que eu encontro para este, mais que normal, comportamento é que nos deixamos envolver pelo nosso lado irracional e perdemos o controlo da realidade. Se há algo que eu aprendi é que nunca, mas nunca vamos ter tudo controlado. “Ah e tal, eu aguento, a mim já não me apanham naquela situação outra vez…” e passado uns tempos, pimba! É ridículo, mas é a realidade. Uma coisa já meti na cabeça… Talvez nunca passe disto e eu seja sempre a personagem da história a quem é dito “Mas podemos continuar amigos!”… Chega de ideias ilusórias, nunca serei mais que um amigo para quem quer que seja.

Ah mas querem saber aquilo que me mói o juízo e me deixa realmente revoltado?! Aqueles que podem ter, não aproveitam… Aqueles que aproveitariam ou aproveitaram, não têm.

domingo, 4 de março de 2012

Oh Lua, Querida Lua


Hoje, durante uma das minhas caminhadas nocturnas, olhei para cima e sabes o que vi? A Lua. Sabes o quão importante ela é para mim? Nunca chegarás a saber porque simplesmente desapareceste antes de eu sequer to explicar.
Desde o início que a Lua esteve lá, olhando impávida e serena para nós, enquanto nos envolvíamos e escrevíamos a nossa, apesar de pequena, história. Ela é a única que realmente sabe o que se passou… Ela ouviu as nossas conversas, sentiu o nosso nervosismo, viu as nossas trocas de olhares e ela, apesar de estar destinada à sua eterna Solidão, acenou-nos graciosa e inocentemente, sem nós sequer notarmos, como sinal de aprovação e felicidade. Pobre Lua… Lá em cima, sozinha… No entanto, acompanhou-nos para todo o lado, nas nossas loucuras nocturnas, sem sequer se pronunciar. Não, não acho que tenha sido tempo perdido, pois a Lua bem sabe que eu não sou homem de arrependimentos. Acredito que tudo o que vivi contigo, tornei em experiências e vivências, memórias para mais tarde recordar quando me sentir desolado e abandonado pelo mundo. Tudo o que de bom aconteceu, guardo para poder sorrir. Tudo o que de menos bom aconteceu, não tento esquecer, mas também não tento guardar… Apenas tento não lembrar.
Será possível que algum dia nos voltemos a encontrar para relembrarmos tudo? Talvez… Eu gostava que sim. Deixas-te a tua marca em mim… E nós deixámos a nossa marca na Lua, tal como todos os amantes antes de nós e todos aqueles que se irão encontrar sob a discreta luz do Luar e a escuridão da noite.
Não, não me esqueci do Sol, aquela estrela que nos ilumina… Sim, porque mesmo ele, marcou a nossa história, muito antes da hora. Quem diria que ele presenciaria o princípio? Pensar que uma manhã, uma ideia espontânea e o lugar certo na hora certa podem mudar tudo… Tu, Sol, podes ter visto a introdução, mas a Lua viu o desenvolvimento. E o fim? Bem, acho que ambos observaram o início do fim…
Pergunto-me qual de vós, Sol e Lua, irá marcar o novo capítulo. Não é uma questão que me assola a mente… Apenas me deixa curioso, mais nada!
Mas sei que, independentemente de qual de vós seja, ambos vão acompanhar o desenvolvimento.

Sim Lua, já vou! Este é o sinal que a Lua aguarda que vá descansar, para daqui a umas horas eu puder o Sol cumprimentar… Afinal, bem vendo as coisas, já me alonguei no meu desabafo.

Oh Lua, querida Lua, tu que tanto viste, ouviste e sentiste, de ti me despeço por agora. Peço desculpa se disse algo errado, mas já sabes que nunca tive muito jeito com as palavras!